Partindo do trecho da música “Ser diferente é normal”, composta por Vinícius Castro e Adílson Xavier, “Todo mundo tem seu jeito singular de ser feliz, de viver e de enxergar” quão rica esta singularidade torna a nossa convivência! Porém, dentro da contemporaneidade, quais espaços salutares de manifestação das diferenças nós dispomos?

Baseado no que diz Harari (2018) no livro 21 lições para o século 21, que num mundo inundado de informações irrelevantes, clareza é poder, nossa lucidez passa a ser uma busca preciosa, ainda mais se nos atermos às conexões entre as grandes revoluções de nossa era, em especial às tecnológicas, e nossas vidas interiores.

O que estamos vivendo ou presenciando que interfere na nossa dinâmica emocional e abala nossa capacidade imaginativa ou a direciona para ser manipulada pelo medo, pela dor, sequestrando nossa capacidade de criar soluções?

A psicoterapia pode ser adotada como um espaço de construção de diferenças que salvam. A partir da disponibilidade de cada um em reconhecer sua percepção e seus critérios utilizados para lidar com as situações repetitivas ou cristalizadas da vida, buscando o seu protagonismo.

A escuta terapêutica aposta no potencial de diferenciação de cada um de nós, abrindo-nos ao desvelamento do que escondemos de nós mesmos, mas que está presente e interfere no nosso modus vivendi.

Assim, parafraseando a música supracitada, tá na hora de ir em frente: Ser diferente é normal! Que nossas diferenças reavivem nossos valores essenciais para uma vivência de mais complementariedade e trocas relacionais saudáveis!


Dra. Ana Cristina Benevides Pinto
Psicóloga, Psicodramatista nível III.
CRP 11/0662
Participa da Equipe do Tratamento Transdisciplinar da Obesidade no Centiser.
Atende adultos e obesos