Em virtude de suas consequências e incidência, os distúrbios do sono (como apnéia, insônia e bruxismo) são considerados um problema de saúde pública (MARTINS; MELLO; TUFIK, 2001). Mas, a literatura demonstra que o exercício físico traz benefícios ao sono e seus possíveis distúrbios (MELLO, et al., 2005).

O sono é um estado vital. Portanto, alterações em seu padrão podem trazer consequências como redução da cognição e do tempo de reação, aumento da irritabilidade, náuseas, dores de cabeça e articulares, visão turva, alterações metabólicas, endócrinas e imunológicas; dentre outros (ANTUNES, et al., 2008). Dentro desse contexto, o exercício físico tem se mostrado uma intervenção não farmacológica eficaz para a melhoria do padrão de sono. Essa melhora provocada pelo exercício pode ser devido a um aumento da temperatura corporal, que facilitaria o disparo do início do sono; pelo aumento do gasto energético, aumentando a necessidade de sono; ou por conta de uma alta atividade catabólica durante a vigília, o que reduz as reservas energéticas e aumenta a necessidade de sono.

Segundo alguns autores, o sono de pessoas fisicamente ativas é melhor que o de pessoas inativas, o que proporcionaria menos cansaço durante o dia seguinte e mais disposição para a prática de atividade física. Outros também afirmam que o exercício físico melhora o padrão de sono dos indivíduos de forma geral, mas principalmente de indivíduos sedentários (MELLO, et al., 2005).

Portanto, os exercícios podem auxiliar tanto no tratamento quanto na prevenção dos distúrbios do sono, melhorando sua qualidade de forma que produza uma restauração física e mental (MARTINS; MELLO; TUFIK, 2001).


Anne Karoline Tabosa Barbosa
Profissional de Educação Física
CREF-5 7469-G/CE