A primeira grande pandemia viral do mundo globalizado revirou todos os segmentos da sociedade deixando sequelas ainda incalculáveis, até porque ela não findou, além de se reapresentar com as variantes.

A depender do grau de envolvimento com a doença e das características pessoais, cada um precisará de direcionamentos terapêuticos diferentes e específicos.

Via de regra, pacientes acometidos em grau mais severo precisarão de acompanhamento médico (diversas especialidades), fisioterápico, psicológico, fonoaudiológico, seguidos por profissionais de Educação Física, quando alcançar autonomia. Pacientes com quadros moderados também, mas em tempo menor, já que a resposta fisiológica é mais rápida, considerando como foi a perda de massa e de força muscular, dentre outros aspectos.

Todos que portaram a doença precisam de acompanhamento regular para monitorar taxas sanguíneas e outros parâmetros de saúde física e imunológica, com vista de minimizar os danos secundários e posteriormente manifestados.

Pessoas que não tiveram a doença, mas conviveram com ela por serem da área de saúde, da linha de frente, por acompanharem familiares e amigos com a doença ou com óbito por causa dela, devem procurar suporte psicoterápico. Já se evidenciam muito casos de transtornos de estresse pós-traumático, de depressão ou de ansiedade generalizada, como sequelas emocionais da pandemia.

Importante destacarmos que quanto mais cedo as intervenções ocorrerem, melhores serão os resultados.

O que mais podemos almejar é que a primeira grande pandemia viral do mundo globalizado também nos ensine a valorizar a saúde como o nosso maior patrimônio, pessoal e coletivo. A ser cultivado pelos hábitos saudáveis com o corpo, com a mente, com a alma, com a sociedade e com a nossa casa comum.

Ainda bem que todo tempo é tempo para aprender e para praticar o Bem comum.

Saúde!

 


Ana Cristina Benevides Pinto

Psicóloga (CRP11/0662), psicoterapeuta e diretora do Centiser – Centro de Tratamento e Integração do Ser.